Cláudia Ohana está no ar em ‘Cordel Encantado’ e no reprise de ‘Vamp’
Foto: Divulgação-TERRA
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- GUILHERME SCARPA
Siá Benvinda, a ex-cangaceira de Cordel Encantado, tem tosado um pouco a volúpia que existe dentro de Cláudia Ohana, sua intérprete. “Estou doida para soltar meus cabelos e virar uma leoa. Nunca fiz uma mulher tão desglamurizada”, brinca ela, sobre a contida personagem, inédita em sua coleção de mulheres exuberantes. Linda aos 48 anos, a atriz está passando por uma mudança radical. É também a primeira vez que ela vive uma mãe coragem na ficção. “Já fui mãe galera, mas nunca a de um homem daquele tamanho, o Cauã (Reymond)”, diverte-se ela, que, em entrevista a O Dia, não podou nenhum assunto e falou sobre a boa fase na carreira, a reprise de Vamp, sexo e até desmatamento.
O último assunto surgiu, é claro, por causa do lendário ensaio que Ohana protagonizou na revista Playboy, em 1985. “Cismaram comigo. A primeira vez foi um escândalo, virou um clássico. Era a coisa mais normal do mundo ter pelos, todo mundo tinha pelos para fora do biquíni, por exemplo. Fiz outro ensaio, em 2008, e não adiantou. Continuam falando. Há pouco tempo, quando uma lei sobre desmatamento estava em votação no Senado, só falavam de mim”, gargalha ela, que não sabe se toparia posar nua pela terceira vez para uma revista masculina, mas tem certeza de uma coisa. “Se houver uma próxima, vai ser desmatamento total, máquina zero”, jura a atriz, que até nas pesquisas do Google aparece associada ao assunto.
Duplamente no ar – às 15h30, ela pode ser vista no canal a cabo Viva, na pele da vampira Natasha, em Vamp e, às 18h, em Cordel Encantado -, Claudia revela que 20 anos depois do megasucesso à frente da trama de Antonio Calmon, aprendeu a gostar de fazer televisão, mas que seu verdadeiro sonho sempre foi cantar. “Achei que eu fosse ser cantora. Tocava violão o dia inteiro. Mas a vida me levou a ser atriz, comecei com 15 anos de idade”, conta ela, que fez figuração em Dancin’ Days. “Foi um dos meus primeiros trabalhos. Sonia Braga era minha ‘ídola’!”, confessa.
No filme Novela das Oito, que, segundo Cláudia, está previsto para ser lançado em outubro, ela vai voltar a viver esses tempos da disco. “É passado em 1979. Minha personagem é uma jornalista que foi torturada, participou da guerrilha e, com a anistia, começa a repensar a vida. Ela tem um momento Sonia na discoteca, aquela febre. E eu canto a clássica Don’t Let Me Be Misunderstood para a trilha”, adianta Claudia, que não gravava há um tempão. “Quando fiz Vamp, o Jorginho (Fernando) me disse que era musical, mas ele queria que eu dublasse. Implorei por um teste e passei. Aí cantei Sympathy for the Devil… Doce Vampiro, com a Rita Lee, um luxo! Mas não deu mais para eu tentar ser cantora”, lembra ela.
Hoje bem distante daquela imagem de vampira rockstar, toda sexy, Claudia enfrenta o maior desafio de sua carreira, na trama das 18h. “A Benvinda é muito contida, uma das personagens mais difíceis que já fiz. Eu brinco, digo que só queria um pouquinho de glamour. No começo, questionaram se eu poderia mesmo ser a mãe do Cauã. Eu, que já sou mãe de Dandara (Guerra), 27 anos, e avó de Martin, 6, passei no teste”, entrega ela, que não se descuida nunca da saúde, e busca aperfeiçoar cada vez mais o trabalho. “Preciso malhar, comer e dormir para ficar bem. Até hoje faço curso de teatro, estudo. Depois que comecei a fazer teatro, ficou moleza fazer televisão. Eu sou cria do cinema”, lembra ela, que é filha da montadora Nazareth Ohana, que morreu quando Claudia tinha 15 anos.
Ex-mulher do cineasta Ruy Guerra, que é pai de sua filha, Dandara, Claudia fez muitos filmes antes de trabalhar com TV. “Minha primeira novela foiAmor com Amor se Paga(1984). Com 12 anos, eu já fazia curta-metragem. Achei que nunca fosse me adaptar à TV. Então fiz muito cinema. Nunca tive problemas com nudez, não gosto é de vulgaridade. Já recebi roteiros que tinham 10 cenas de sexo, por exemplo. Era uma forma de fazer cinema nos anos 70 e 80. Os atores se expunham bastante”, avalia Claudia, que, por outro lado, não suporta puritanismo. “Ser pudico é muito chato. A gente faz sexo, nasce nu, e vamos também acender a luz na hora de fazer sexo”, recomenda.
Talvez seja esse o verdadeiro segredo do bom humor, da disposição e leveza que Claudia Ohana exala. “Mas eu também me chicoteio. Me cobro muito”, destila ela.
Sucesso em Vamp
Duas vezes capa da Playboy, 15 novelas e 15 filmes no currículo, Claudia Ohana chegou ao ápice da carreira em 1991, quando interpretou sua primeira protagonista, a vampira Natasha, da novela Vamp – reprisada de segunda a sexta, no canal a cabo Viva, às 15h30. “Jorginho (Fernando) me chamou. A gente fazia 30 cenas por dia. Lembro que a novela começou serríssima e depois foi virando uma comédia. Era uma delícia porque tinha fantasia, humor, uma coisa mágica”, recorda Claudia, orgulhosa. “Em Vamp que eu aprendi a lidar e a gostar da TV. Antes dessa novela, eu tinha feito Rainha da Sucata, mas ainda não tinha a manha. E contracenava com a (Claudia) Raia, que sabia tudo”, revela.
Embora não tenha tempo de assistir à reprise, infelizmente, Claudia tem acesso aos capítulos por outro meio. “Um fã me mandou uma caixa cheia de DVDs, com todos os capítulos. A novela virou cult. Lembro que a Dandara tinha medo, não assistia, não. Ela nunca foi muito de assistir à televisão. Agora que é assistente de direção de Insensato Coração, está mais por dento”, entrega Claudia, que só viu a filha chorar por causa de uma cena sua uma vez. “Fiz o primeiro capítulo de Tieta, quando ela é escorraçada e leva umas porradas”, conta.
A atriz guarda até hoje sua prótese de dentes de vampiro e as lentes de contato amarelas. “A primeira prótese que usávamos tinha um dentão. Parecíamos Mônica e Cebolinha conversando. Era uma risadaria só”, gargalha
O último assunto surgiu, é claro, por causa do lendário ensaio que Ohana protagonizou na revista Playboy, em 1985. “Cismaram comigo. A primeira vez foi um escândalo, virou um clássico. Era a coisa mais normal do mundo ter pelos, todo mundo tinha pelos para fora do biquíni, por exemplo. Fiz outro ensaio, em 2008, e não adiantou. Continuam falando. Há pouco tempo, quando uma lei sobre desmatamento estava em votação no Senado, só falavam de mim”, gargalha ela, que não sabe se toparia posar nua pela terceira vez para uma revista masculina, mas tem certeza de uma coisa. “Se houver uma próxima, vai ser desmatamento total, máquina zero”, jura a atriz, que até nas pesquisas do Google aparece associada ao assunto.
Duplamente no ar – às 15h30, ela pode ser vista no canal a cabo Viva, na pele da vampira Natasha, em Vamp e, às 18h, em Cordel Encantado -, Claudia revela que 20 anos depois do megasucesso à frente da trama de Antonio Calmon, aprendeu a gostar de fazer televisão, mas que seu verdadeiro sonho sempre foi cantar. “Achei que eu fosse ser cantora. Tocava violão o dia inteiro. Mas a vida me levou a ser atriz, comecei com 15 anos de idade”, conta ela, que fez figuração em Dancin’ Days. “Foi um dos meus primeiros trabalhos. Sonia Braga era minha ‘ídola’!”, confessa.
No filme Novela das Oito, que, segundo Cláudia, está previsto para ser lançado em outubro, ela vai voltar a viver esses tempos da disco. “É passado em 1979. Minha personagem é uma jornalista que foi torturada, participou da guerrilha e, com a anistia, começa a repensar a vida. Ela tem um momento Sonia na discoteca, aquela febre. E eu canto a clássica Don’t Let Me Be Misunderstood para a trilha”, adianta Claudia, que não gravava há um tempão. “Quando fiz Vamp, o Jorginho (Fernando) me disse que era musical, mas ele queria que eu dublasse. Implorei por um teste e passei. Aí cantei Sympathy for the Devil… Doce Vampiro, com a Rita Lee, um luxo! Mas não deu mais para eu tentar ser cantora”, lembra ela.
Hoje bem distante daquela imagem de vampira rockstar, toda sexy, Claudia enfrenta o maior desafio de sua carreira, na trama das 18h. “A Benvinda é muito contida, uma das personagens mais difíceis que já fiz. Eu brinco, digo que só queria um pouquinho de glamour. No começo, questionaram se eu poderia mesmo ser a mãe do Cauã. Eu, que já sou mãe de Dandara (Guerra), 27 anos, e avó de Martin, 6, passei no teste”, entrega ela, que não se descuida nunca da saúde, e busca aperfeiçoar cada vez mais o trabalho. “Preciso malhar, comer e dormir para ficar bem. Até hoje faço curso de teatro, estudo. Depois que comecei a fazer teatro, ficou moleza fazer televisão. Eu sou cria do cinema”, lembra ela, que é filha da montadora Nazareth Ohana, que morreu quando Claudia tinha 15 anos.
Ex-mulher do cineasta Ruy Guerra, que é pai de sua filha, Dandara, Claudia fez muitos filmes antes de trabalhar com TV. “Minha primeira novela foiAmor com Amor se Paga(1984). Com 12 anos, eu já fazia curta-metragem. Achei que nunca fosse me adaptar à TV. Então fiz muito cinema. Nunca tive problemas com nudez, não gosto é de vulgaridade. Já recebi roteiros que tinham 10 cenas de sexo, por exemplo. Era uma forma de fazer cinema nos anos 70 e 80. Os atores se expunham bastante”, avalia Claudia, que, por outro lado, não suporta puritanismo. “Ser pudico é muito chato. A gente faz sexo, nasce nu, e vamos também acender a luz na hora de fazer sexo”, recomenda.
Talvez seja esse o verdadeiro segredo do bom humor, da disposição e leveza que Claudia Ohana exala. “Mas eu também me chicoteio. Me cobro muito”, destila ela.
Sucesso em Vamp
Duas vezes capa da Playboy, 15 novelas e 15 filmes no currículo, Claudia Ohana chegou ao ápice da carreira em 1991, quando interpretou sua primeira protagonista, a vampira Natasha, da novela Vamp – reprisada de segunda a sexta, no canal a cabo Viva, às 15h30. “Jorginho (Fernando) me chamou. A gente fazia 30 cenas por dia. Lembro que a novela começou serríssima e depois foi virando uma comédia. Era uma delícia porque tinha fantasia, humor, uma coisa mágica”, recorda Claudia, orgulhosa. “Em Vamp que eu aprendi a lidar e a gostar da TV. Antes dessa novela, eu tinha feito Rainha da Sucata, mas ainda não tinha a manha. E contracenava com a (Claudia) Raia, que sabia tudo”, revela.
Embora não tenha tempo de assistir à reprise, infelizmente, Claudia tem acesso aos capítulos por outro meio. “Um fã me mandou uma caixa cheia de DVDs, com todos os capítulos. A novela virou cult. Lembro que a Dandara tinha medo, não assistia, não. Ela nunca foi muito de assistir à televisão. Agora que é assistente de direção de Insensato Coração, está mais por dento”, entrega Claudia, que só viu a filha chorar por causa de uma cena sua uma vez. “Fiz o primeiro capítulo de Tieta, quando ela é escorraçada e leva umas porradas”, conta.
A atriz guarda até hoje sua prótese de dentes de vampiro e as lentes de contato amarelas. “A primeira prótese que usávamos tinha um dentão. Parecíamos Mônica e Cebolinha conversando. Era uma risadaria só”, gargalha
TERRA



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